Santo Inácio de Antioquia

Apesar de a morte ser um fim comum a todos os homens, diferentes são os modos de encará-la. Para os gregos do passado, por não acreditarem na ressurreição, a morte era um ponto final, e não eram raros aqueles que partiam desta terra no desespero. Seu viver bem podia ser sintetizado na frase “Comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”.

Nosso Senhor Jesus Cristo com sua Morte e Ressurreição nos garante a vida post mortem e a nossa própria ressurreição. “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que morra, viverá!” (Jo 11,25).

Foi inflamado dessa fé que São Paulo afirmou: “Para mim, viver é Cristo e morrer uma vantagem” (Fl 1,21). Foi ainda a certeza da vida eterna que levou milhões de mártires a entregar a vida por Jesus Cristo, causando espanto aos pagãos, os quais se admiravam de ver os soldados de Cristo avançar para a morte como se fossem a um banquete. Aqueles cristãos encontraram na morte uma ocasião de demonstrar seu amor ao Salvador: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). “Morro por Deus com alegria! – escreveu Santo Inácio de Antioquia aos romanos – Deixai-me ser alimento das feras; por elas pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus, serei triturado pelos dentes das feras para tornar-me o puro pão de Cristo. Mais me aproveita morrer em Cristo Jesus do que imperar até aos confins da terra. Meu nascimento está eminente. Perdoai-me, irmãos! não me impeçais de viver, não desejeis que eu morra, eu, que tanto desejo ser de Deus

Escreva um comentário